terça-feira, fevereiro 07, 2006

Pós-graduações

Ora como vêem o meu último post foi exactamente há um mês atrás. Eu não fiz de propósito, longe disso, apenas tenho muito mais para fazer do que vir aqui escrever neste blog. Não é que eu considere isto pouco importante, é apenas por ter mesmo de estudar para ver se levo a minha vida adiante para a frente, com pleonasmos e tudo. A sério desculpem não ter postado com uma regularidade maior mas quero mesmo ver se me meto naquele bicho a que dão o nome de faculdade... O problema maior nem sequer é ENTRAR lá. O pior é mesmo SAIR de lá com uma graduação suficientemente boa, o que é complicado.

Quando digo complicado refiro-me mesmo aos tipos de graduações que existem.
São elas:
-Bacharelato;
-Licenciatura;
-Mestrado;
-Doutoramento;
sendo estas as mais importantes, pois devem existir mais mas eu não estou a par delas, se tais coisas existirem.

Hoje em dia toda a gente faz Mestrados para ir para aqui e para acolá porque são precisos requisitos que ultrapassem todos os outros candidatos. Típico. Ou seja, daqui a uns anos vamos acabar por ter de criar graduações superiores a Doutoramento. Já não iremos tratar as pessoas por Doutor, mas por outra coisa qualquer.

Vendo bem são 4 anos para o curso e mais 3 (acho eu corrijam-me se estiver errado) para tirar um doutoramento, logo são 7 anos depois do 12º ano de escolaridade. Ou seja, quem sair do secundário com 18 anos acaba o curso com 25. E ainda dizem que a nossa geração está a entrar cada vez mais tarde para o mundo de trabalho. Pois então com todas estas coisas queriam o quê?

Pronto(s) lá vamos nós ter de ficar alguns anos mais a fazer não sei o quê, para que nessa altura possamos entrar para um posto de trabalho. Admitindo que haverá postos de trabalho suficientes, porque pelo que se vê hoje em dia... bem... é melhor nem falar.

E com isto,
Tenho dito...

sábado, janeiro 07, 2006

Física e Insanidade

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Ora bem... Outro dia estava a falar de mim para mim e estava
a pensar porque razão toda a gente que tem um curso relacionado minimamente com Física tem a mania de vez em quando ter flashes de LOUCURA. Não me refiro a espasmos nervosos, nem a nada relacionado ou parecido com Epilepsia.

Refiro-me exactamente a coisas do género:
- Ter uma capacidade incrível para se abstrair de tudo o que o rodeia, quase perto de autismo;
- Nunca ter penteados aceites pela sociedade de "não-físicos";
- O convívio com a comunidade "não-cientista" deixa-os transtornados...

Passo a explicar os motivos desta Loucura, neste momento em que, como sou estudante de física, estou exactamente no meio deste caso de Insanidade.
O estudo da Física é, no geral, a compreensão de todo o ambiente que nos rodeia. Todas, ou quase todas, as forças que existem e que são aplicadas nos variados momentos do tempo universal são estudadas e compreendidas até à exaustão... ...do cientista.

A minha opinião é bastante simples. Este estudo intenso de tudo o que rodeia o cientista, e em primeiro lugar ser humano, pois isso é o mais importante antes de se ser outra coisa qualquer, leva-o e ter uma percepção do mundo quase totalmente, ou mesmo totalmente, diferente do da comunidade "não-físicos". Devido a esta razão o físico estudioso tem certos momentos em que se abstrai para poder observar o mundo que o rodeia. Um estado quase de meditação.

Tomemos o exemplo de Albert Einstein. Era um génio sem dúvida alguma. Revolucionou a Física e até mesmo toda a ciência de época dele. Ele com cerca de 14 anos perguntava "o que iria ver se a minha velocidade igualasse a da luz". Algo resultante de momentos como os de meditação. Tinha um penteado que revolucionou os cabeleireiros do futuro. Foi casado duas vezes e era extremamente arrogante, embora tivesse razões para tal, resultado do convívio em sociedade.

Também tenho pessoas que conheço e com que falei que também apresentam estes "sintomas", nomeadamente o meu professor do 9º ano, professores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e também a minha actual professora de física.

Enquanto me aguento nesta corda bamba posso ir falando convosco de uma forma relativamente sã. Até lá.
Tenho dito...